Ativistas do grupo ucraniano Femen protestam pelo direito ao casamento gay - Foto: AFP
Ativistas do grupo ucraniano Femen protestam pelo direito ao casamento gay, em uma ação contra a oposição da Igreja Católica local para autorizar o casamento das pessoas do mesmo sexo. A França está dividida, ontem, mais de 100 mil fizeram manifestações em várias cidades do país para denunciar o projeto do governo que autoriza o casamento gay e a adoção por parte de homossexuais. Além do protesto do Femen, estão previstas outras manifestações convocadas pelo instituto Civitas, próximo aos católicos fundamentalistas. Segundo pesquisa recente, 61% dos franceses são favoráveis ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas apenas 48% apoiam a adoção por parte de casais homossexuais. No protesto, as ativistas do Femen - que têm como marca o recurso do topless invadiram as ruas de Paris. As ativistas escreveram em seus corpos: "em gays nós confiamos". O projeto de lei que iniciou a polêmica é de origem do governo socialista.
Em Paris, placa com os dizeres "parem com a destruição dos nossos valores"
Ontem, o Papa Bento XVI convocou a igreja francesa para fazer com que sua voz seja ouvida "sem parar e com determinação nos debates da sociedade". Manifestantes protestam em Paris contra projeto do presidente da França, François Hollande, de legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a adoção por parte de casais gays. O evento, batizado de "marcha para todos", atraiu milhares de pessoas contrárias à união homossexual em cidades como Lyon, Marselha e Paris. O projeto de lei provocou duras críticas de dirigentes conservadores, que consideram que o Executivo põe em perigo a estabilidade familiar da França. Em Toulouse, manifestantes carregavam placas com a mensagem "pelo direito das crianças de terem um pai e uma mãe". As entidades religiosas mais importantes também se mostraram contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A católica, majoritária no país, considerou uma "fraude".
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